Não importa o tamanho ou porte de uma organização ou sua forma de constituição: organizações são criadas por pessoas, formadas por pessoas e servem a pessoas que, com a relações de troca, geram valor e soluções, emprego e renda, remunerando investidores e sócios, perpetuando-se no tempo e no espaço.

Desta forma, se o objetivo é transformar, é necessário inspirar as pessoas a fazerem a primeira transformação: a interior, lidando com suas crenças e expandindo a consciência, entendendo que cada pessoa tem uma história de vida, um ciclo familiar que está relacionado a sua forma de atuação e escolhas.

Assim, conseguirá de forma co-criativa transformar a organização.

Toda organização, portanto, é formada por estrutura, processos, tecnologias, informação e, sobretudo, de PESSOAS.

Estes pilares precisam ser gerenciados, conduzidos e acompanhados, para que a entrega de valor aconteça, encante e faça a retenção do cliente.

Independentemente do tipo de organização, o líder tem este papel de conduzir a equipe para a ação de forma consistente e coerente com os valores pessoais e organizacionais. 

Costumo dizer “se sentou na cadeira de liderança, ocupando um cargo de gestão na hierarquia organizacional, logo precisa cuidar de todos estes elementos”.

Simon Sineck, líder e palestrante, sempre diz que liderança não é intensidade, e sim consistência. É preciso, diariamente, repetir e conduzir o time. Conduzir significa entender os diferentes estágios de seus liderados, perfis, contextos e padrões.

Desta forma, além de se conhecer e lidar com os próprios dilemas internos, sonhos, crenças e valores pessoais, é preciso estar aberto e disponível para atender às demandas da equipe.  O líder inclusivo, que se transforma e busca se atualizar, se abre para o novo, libera tudo que é tóxico e, assim, adquire a capacidade de conduzir a equipe e preparar sucessores.

Isto me lembra Ram Charan, especialista em liderança e doutor pela Harvard Business SchooL,  que aborda as diferentes passagens de níveis e papéis dos profissionais em uma organização. Charan destaca em sua obra “Pipeline de liderança” que em qualquer desses papéis é necessário, além dos fatores destacados, gerenciar o tempo, a energia diária e os valores pessoais para se criar uma equipe de alto desempenho e alinhada com os propósitos e valores organizacionais.

Alcançar um cargo de gestão e exercer a liderança integrativa, conseguir influenciar e inspirar a equipe para a ação é desafiador, mas também relevante! É importante considerar que os resultados são gerados com as pessoas e, consequentemente, por meio delas, ou seja, uma relação ganha-ganha.

Experiência que faz a diferença

Certa vez, conduzindo durante um ano a gestão de clima de uma organização do ramo supermercadista, a partir do diagnóstico e ideias dos colaboradores, foi feito um plano de ação de mudança, com etapas para o curto, médio e longo prazo.

Quando foram implementar os espaços de convivência e a sala de descompressão, alguns líderes foram muito resistentes.  Lembro que, inicialmente, achavam que iria haver enrolação e procrastinação das pessoas, tive que fazer uma intervenção e sensibilização.

Ao transformarem esta visão e se abrirem para vivenciarem este momento, o resultado maior engajamento e senso de pertencimento das pessoas com a empresa.

As equipes ficaram mais motivadas, com um olhar sistêmico, reflexo direto nos resultados da empresa e na redução da rotatividade!

Tânia Telles - WhatsApp
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