A dificuldade de gerenciar o volume de trabalho do home office e o acúmulo de atividades domésticas são as principais causas

A dificuldade de gerenciar o volume de trabalho do home office e o acúmulo de atividades domésticas fizeram com que 30% das mulheres cogitassem deixar o emprego desde o início da pandemia. Esse é o retrato de uma pesquisa realizada pela Kearney, consultoria global de gestão estratégica, com mil mulheres nos Estados Unidos.

Mas os dados fazem parte da realidade de muitas mulheres trabalhadoras do ES. Segundo a consultora de Gestão Estratégica de Pessoas, Tania Telles, a sobrecarga de trabalho atingiu muitos profissionais, principalmente as mulheres, durante a pandemia.

“No caso das mulheres, com a ausência das escolas e demais redes de apoio, impactou na capacidade de lidar com a inteligência positiva, lidar com os sabotadores internos, lidar com os medos e incertezas e, ao mesmo tempo, gerenciar a casa, a equipe e a família.”

De acordo com Tania, “cada profissional tem um perfil diferente e muitas vezes não consegue lidar com as interferências domésticas ou não tem o equilíbrio emocional de se reprogramar, colocar limites ou, até mesmo, não tem espaço adequado em casa. Tive vários casos de clientes que travaram e são de ambos os sexos”.

“Muitos líderes não têm a competência da empatia”

“Grande parte dos líderes possuem dificuldade em gerenciar a equipe, principalmente na competência de comunicação e, com a pandemia, impactou na relação com a equipe. A distância, precisariam falar a linguagem da equipe, conhecer a equipe e diversificar os canais de comunicação. Nas organizações com uma área de gestão estratégica de pessoas estruturada, conseguiram rever práticas, ajustar processos e algumas até enviaram as cadeiras e mesas para as casas dos colaboradores e, principalmente deram suporte às lideranças na gestão de pessoas e com pessoas. Outro ponto é a competência de empatia, capacidade de se colocar no lugar do outro, que grande parte dos líderes também possuem dificuldade de aplicar. Mas, verifiquei em profissionais de ambos os sexos, impactados pela pandemia, passaram a ressignificar prioridades e mudaram de carreira.”

Tania Telles

Fonte: https://www.agazeta.com.br/colunas/renata-rasseli/30-das-mulheres-cogitaram-deixar-o-emprego-durante-a-pandemia-0221

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